Taxista que matou ex-mulher pode ir a júri em Itabuna

Taxista que matou ex-mulher pode ir a júri em Itabuna
Ilustração
A juíza da Vara do Júri e Execuções Penais de Itabuna, Cláudia Panetta, afirmou que o ex-taxista Francisco Paulo Lins da Silva, acusado de matar com um tiro na cabeça sua ex-mulher, Eliane Almeida de Oliveira, de 42 anos, pode ir a júri popular. Francisco matou Eliane por não aceitar o fim da relação de pouco mais de um ano. O crime aconteceu no dia 24 de janeiro, na Rua Tuiuti, em Pontalzinho, centro de Itabuna (a 433 km ao sul de Salvador). A decisão será anunciada após findar os cinco dias de prazo que a defesa e a acusação têm para apresentar as alegações finais.

Francisco foi ouvido na noite desta terça-feira, 14. Ao chegar ao fórum, foi agredido com um soco no rosto, desferido por uma das cerca de 40 pessoas que se aglomeraram próximo à sala de audiência. Durante o interrogatório, ele alegou que atirou em Eliane, porque a surpreendeu com um homem na cama ao chegar em casa. Segundo ele, o homem teria fugido no momento em que retornou ao carro para pegar a arma utilizada no crime. Segundo a polícia, no entanto, as investigações desmentem a versão do autor e indicam que o crime teria sido premeditado.

Mandados de prisão – Segundo os autos do processo, Francisco Lins fugiu após o crime, mas acabou preso em agosto passado, na cidade de Santa Inês do Tide, no Maranhão, onde estava morando. Há cerca de um mês, foi recambiado para Itabuna. A Polícia Civil do Maranhão informou que Francisco já tem três mandados de prisão em Goiás, e um deles seria pela morte de outra mulher. Ele ainda responde a crimes em São Paulo, Pernambuco e Sergipe.

Além do acusado, a juíza Cláudia Panetta ouviu nove das 11 testemunhas que foram arroladas pela defesa e duas pela acusação. Tamires Sena, filha da vítima, afirmou que Eliane foi morta por volta de 13h30. Quando falou com ela pela última vez, pelo celular, a mãe disse que estava saindo do shopping para casa, onde descansaria, porque no final da tarde viajaria de volta para Itapetinga, onde trabalhava no setor de recursos humanos de uma indústria de calçados.

O crime – O corpo de Eliane foi encontrado pelo filho Tales, por volta das 17h30, depois de mais de duas horas de busca. Tales, que também foi ouvido ontem, disse que chegou em casa e viu a porta do quarto da mãe fechada, e havia barulho de ventilador ligado. Por volta de 14h30, ele bateu na porta do quarto, mas não obteve resposta e achou que ela estivesse dormindo.

Depois das 15 horas, ao tentar chamar a mãe mais uma vez, sem resposta, o filho arrombou a porta do quarto e encontrou o corpo, enrolado em uma toalha, sobre a cama, com uma marca de tiro próximo a um dos ouvidos.

A filha da vítima, Tamires Sena, contou à polícia que um dia antes de ser assassinada, Eliane afirmou que se considerava solteira, mas se sentia pressionada, porque Francisco não estaria aceitando a separação e a estava seguindo. Ele teria ido, inclusive, a Itapetinga, onde Eliane estava morando. Tamires disse que nunca presenciou nenhuma agressão dele contra a mãe, mas seu irmão, Tales, uma vez reclamou do revólver em casa e pediu que ele se desfizesse da arma.

Fonte: Ana Cristina Oliveira/A Tarde

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