Maturidade, direitos e deveres

“Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Cada um de nós deve agradar ao seu próximo para o bem dele, a fim de edificá-lo.” (Romanos 15.1-2)

Paulo inicia o capítulo 14 dizendo: “Aceitem o que é fraco na fé, sem discutir assuntos controvertidos. Um crê que pode comer de tudo; já outro, cuja fé é fraca, come apenas alimentos vegetais.” (versos 1 e 2). Sua tese é que, quando mais madura, quando mais forte na fé, menos apegada a regras e ritos uma pessoa é. Isto poderia levar alguém a se sentir completamente livre e com o direito de agir sem preocupações, exceto com a própria consciência. Mas este é um lado da moeda da maturidade. Pois a fé cristã é a fé do amor.

A outra face é que, os que se jugam fortes, maduros e livres, devem olhar ao redor e prestar atenção nos fracos e imaturos, pois eles não devem ser feridos em sua consciência. Ao contrario, os fortes e maduros devem mostra sua maturidade e força contendo-se, não procurando apenas agradar a si mesmos mas, visando a edificação do irmão, agir de maneira a agradá-lo. Pode não parecer justo e, de fato, não seria se a questão única fosse os direitos individuais. Mas há os deveres e, ente eles, temos o maior de todos: amar o nosso próximo como a nós mesmos.

Não fazer a própria vontade, mas a de quem amamos, é uma das mais poderosas provas de amor. Jesus fez a vontade do Pai em tudo e no Getsêmani, diante de intensa dor e medo, permaneceu fazendo. Somos chamados a fazer o mesmo na relação uns com os outros: não fazer a própria vontade unicamente pela motivação de edificar o outro. Isso é doação. A igreja deve ser uma comunidade assim equilibrada: pessoas livres e maduras, mas que não vivem apenas para si mesmas; pessoas capazes de doarem-se e ocuparem-se de edificar o outro abrindo mão de si.

 

 

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