Imagem de Deus ou caricatura de homens?

“Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gênesis 1.27)

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.” (Declaração Universal dos Direitos Humanos – Artigo 1o) Não há quem melhor e mais respeite essa declaração, criada por nós mesmos, sobre nós mesmos, que Deus, que nos criou e o fez à Sua própria imagem e semelhança. É Ele, verdadeiramente, quem sabe do que somos feitos. Que conhece e respeita nossa natureza e dignidade. A declaração de Gêneses 1.27 contém a afirmação da DUDH e vai além dela.

Por isso toda expressão religiosa que avilta, agride, enclausura e encabresta pessoas, limitando-lhes o direito de serem elas mesmas e oprimindo-as em sua liberdade de agir e pensar, está em transgressão contra o Evangelho de Cristo Jesus, pois é estranha ao caráter de Deus. A fé cristã encaminha-nos à responsabilização diante da vida e ao respeito, a nós mesmos e ao outro. Ela nos encaminha à coragem diante da vida e não ao medo. Afinal, fundamenta-se no amor de Deus (1Jo 4.18). É obvio que ela questiona nossas escolhas e modos de ser. Desafia-nos a dizer não a nós mesmos! Ela não firma que tudo está certo, afinal, por ela sabemos que somos pecadores. Mas ela não desrespeita nossa razão e nem inutiliza nossa consciência. Ao contrário, melhora-as!

O Evangelho de Cristo anuncia que, pela graça e por meio da fé, podemos e somos regenerados. Isso envolve curas as mais diversas, perdão sem medida e a inclusão no mistério chamado Reino de Deus. Nele, envolvidos pela vontade de Deus, somos aperfeiçoados de forma amorosa, respeitosa e edificante. Não se trata simplesmente do que se pode ou não fazer, mas de quem somos, de como nos vemos e de como compreendemos a vida. Deus nos criou à sua imagem, mas temos nos tornado caricaturas uns dos outros. E há alguns que se veem autorizados a imprimir nos demais a própria imagem. Que pela graça de Deus vivamos e celebremos a sacralidade do ser humano por quem Cristo morreu e ressuscitou! E sejamos responsáveis por nossa razão e nossa consciência!

ucs

 

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