“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige:
Pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu
Deus.” (Miqueias 6.8)
Costumamos armar grandes confusões para que as coisas na igreja aconteçam segundo nossas preferências. Todos temos as nossas, nosso estilo. Há quem se revele tão intolerante com o que não aprova que chega a protagonizar atitudes grosseiras e mal educadas. Graças a Deus são poucos. Mas, considerando o que Deus já nos mostrou sobre o que é bom e o que nos pede (na linguagem do profeta, exige), deveria ser nenhuma. Ele nos mostrou o que espera de nós. Mas estamos sempre perdendo isso de vista!
Nossos olhos se fixam em nossas próprias invenções. Apaixonamo-nos por nossas criações religiosas: cargos, formas, estruturas e até criamos uma linguagem de fé, algo como um “evangeliques”. Criamos nossos astros, nossos mitos, somos admiradores de nós mesmos. Uma espécie de insanidade que nos inspira ao afastamento, ao preconceito, à diferenciação. Não somos mais do mundo, não somos como os ímpios, somos santos! Mas que santidade é essa? Ela expressa o que Deus já nos mostrou que quer? Precisamos repensar nossos caminhos pois eles nunca serão os caminhos de Deus. Os dele são mais altos. Os nossos dão em nada, os dele sempre cumprem Seu propósito (Is 55.8-11).
Precisamos olhar mais para nosso Mestre. Precisamos reler os evangelhos e ver Jesus acompanhado de pessoas nada recomendáveis. Precisamos compreender o significado de Seu colégio apostólico, formado por homens tão comuns e frágeis como os piores de nós. Precisamos nos deixar tocar pelas parábolas, especialmente a do pródigo e a do samaritano. Precisamos reler Jesus escolhendo pernoitar na casa do publicano Zaqueu. Ele nos mostrou de tantas formas o que Deus requer de nós! Lembremo-nos das cartas de Jesus às igrejas no Apocalipse. Como uma delas, pensamos ser ricos, mas somos pobres. Pensamos estar vestidos, mas andamos nus. Precisamos de cura.
ucs