“Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige:
Pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu
Deus.” (Miqueias 6.8)
A presença da fé cristã em nosso país tem produzido muitas coisas boas. Em cenário nacional vimos uma reportagem sobre a cracolândia em São Paulo, e lá estava presente nossa denominação como um bom exemplo de intervenção urbana. Uma ação realizada por irmãos e irmãs que estendem a mão e servem, em nome da fé em Cristo. Glórias a Deus por isso! Nossa própria igreja tem feito coisas muito valiosas. Nossa Fundação é uma prova disso, sem falar em outras ações e compromissos que firmamos para cooperar com a manifestação do Reino de Deus. Mas ainda assim cabe uma reflexão crítica sobre o sentido de nossa fé.
Cabe porque é também notório o quanto gostamos de nossas estruturas e nos dedicamos a nós mesmos; o quanto nos encantamos com liturgias, ritos e formas; o quanto ligamos adoração e louvor a música e quase nada a justiça, fidelidade e humildade. E vivemos dias em que o Brasil agoniza por falta de justiça. Sofre na pele dos pobres, das crianças e idosos, de tantos que não tem voz, por falta de fidelidade. Muitos que juraram servir a nação roubam seus cofres. Muitos que juraram usar seus diplomas para melhorar a sociedade, mas aceitam propina e vendem serviços escusos. E quantos empresários abandonaram a busca pela competência e abraçaram a corrupção como forma de progredir!
O Brasil precisa da luz que emana do Evangelho. Uma luz cuja fonte é o próprio Cristo. O Brasil precisa de homens e mulheres mais justos, mais fiéis e que andem humildemente diante de Deus. O Brasil precisa de igrejas que inspirem por meio de seus membros, não apenas quando realizam cultos belos e atrativos, mas, sobretudo quando, espalhados pela cidade, revelam o caráter de um servo fiel ao seu Senhor e o coração de quem conversa diariamente com o Deus santo, justo e bom. Precisamos dessa reflexão crítica. E faremos bem se aprendermos um pouco que seja com ela!
ucs