Ângelo Coronel é eleito novo presidente da Assembleia

Foto: Divulgação

Dando fim a um ciclo de cinco mandatos consecutivos do deputado Marcelo Nilo (PSL), Ângelo Coronel (PSD) foi eleito nesta quarta-feira (1) presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Concorrendo como candidato único, com apoio da situação e da oposição, ele foi eleito com 57 votos.

Coronel obteve um feito que até pouco tempo era considerada improvável, o de impedir a sexta reeleição consecutiva de Marcelo Nilo (PSL) para o cargo. O atual presidente desistiu de concorrer na véspera do pleito, após um telefonema do governador Rui Costa, que trabalhou para afunilar uma candidatura única e evitar desgastes na sua base.

O terceiro candidato ao pleito, o deputado Luiz Augusto (PP), já havia desistido em favor de Coronel, mediante um acordo de cavalheiros. Como resultado, ele conseguiu ser consagrado como primeiro vice-presidente. Para a segunda presidência foi eleito Carlos Geilson (PMDB), para a terceira Alex Lima (PTN) e para a quarta Manassés (PSL).

A primeira secretaria será ocupada pelo deputado Sandro Régis (DEM), a segunda por Aderbal Caldas (PP), a terceira por Fabrício Falcão (PC do B) e a quarta por Luciano Simões (PMDB).

Veja como ficaram os votos:

Ângelo Coronel (PSD) – Presidente –  57 votos

Luiz Augusto (PP) – 1ª vice-presidência – 54 votos

Carlos Geilson (PSDB) – 2ª vice-presidência – 57 votos

Alex Lima (PTN) – 3ª vice-presidência – 32 votos

Manassés (PSL) – 4ª vice-presidência – 50 votos

Sandro Régis (DEM) – 1ª secretaria – 55 votos

Aderbal Caldas (PP) – 2ª secretaria – 52 votos

Fabrício Falcão (PCdoB) – 3ª secretaria – 50 votos

Luciano Simões Jr  (PMDB) – 4ª secretaria – 52 votos

Tempo de mudanças

Ângelo Coronel (PSD) atribui a sua vitória a prevalência da vontade de mudança dentro da casa. “Foi uma disputa conceitual de quem é contra a favor da reeleição”. Ele prometeu colocar para votação a emenda constitucional que proíbe a reeleição ao cargo de presidente dentro do mesmo mandato eletivo. O deputado também contou com o apoio expressivo dos novatos da casa. Dos 21 parlamentares de primeiro mandato, 19 resolveram apoiar a candidatura de Coronel.

Para o pessedista, que contou com o empenho do senador Otto Alencar para angariar votos para a sua candidatura, esse foi um dos processos eleitorais mais difíceis que já enfrentou. “Foi um processo desgastante, um embate muito duro, mas faz parte da política. Ficaram algumas mágoas, mas eu deletei. Já virei a página”.

Ele confirmou que alguns auxiliares de Rui Costa trabalharam pela candidatura de Marcelo Nilo, mas preferiu não citar nomes. Porém, Coronel fez questão de ressaltar a neutralidade do governador no processo. O candidato, que começou com apenas os seis votos da sua bancada, atribui à sua vitória a sua humildade e capacidade de articulação.

Das mudanças que ele pretende implementar na Assembleia, se destaca a sua intenção de dar mais poder aos deputados. A medida ataca o calcanhar de Aquiles de Marcelo Nilo, considerado monopolista por seus pares. “Vou com que a mesa diretora efetivamente trabalhe e não continue a ser somente uma mesa homologadora das decisões do presidente”.

Ele também pretende aumentar a produtividade de casa, reservando mais um dia para votações. “As quartas serão reservadas para votar projetos de deputado. Chega de somente dar título de cidadão e medalha e transformar associações em organismos de utilidade pública. Hoje só tem espaço para isso. Eu quero que os deputados reestabeleçam a sua real função que é criar e aprovar projetos de interesse da sociedade”.

Fonte: Correio24horas

 

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