NOSSO TEMPO

 

“Tempo de matar e tempo de curar, tempo de derrubar e tempo de construir.” (Eclesiastes 3:3)

O livro de Eclesiastes faz parte de um conjunto de livros no Antigo Testamento que são considerados livros poéticos e de sabedoria. Seu autor relata situações do cotidiano e da vida. Ele é um observador que está atento a praticamente tudo que está acontecendo ao seu redor. O que ele faz nessa sessão em que descreve o tempo é expressar que tudo isso acontece de fato. Isto é, ele não necessariamente traz juízo de valores sobre os tempos que ressalta. Talvez pudesse ser escrito da seguinte forma: “Na vida acontece de tudo. Tem gente nascendo, gente morrendo. Gente matando, gente curando, gente plantando e gente colhendo. Gente derrubando e gente construindo, gente amando e gente odiando…”.

Com esse prisma, podemos olhar para isso que ele fala sobre tempo de matar. Não penso que ele esteja defendendo essa prática, mas, que ele está constatando que existem pessoas que fazem isso. Só olharmos pras notícias e perceberemos que os tempos não mudaram tanto assim. Contrapondo o tempo de matar ele coloca o tempo de curar. Quais tipos de cura poderíamos imaginar aqui? Curas físicas, emocionais, relacionais, de sentido, de afeto, de vícios, etc. Temos um potencial enorme de curarmos uns aos outros, assim como o temos também para matar muitas coisas na vida uns dos outros. Qual tipo de tempo temos escolhido viver na mutualidade?

Nos falta olhar para os tempos de derrubar e de construir. Sei que há coisas dentro de nós que foram construídas de forma saudável e outras de forma doentia. Precisamos fazer essa distinção para então decidirmos se já não é o tempo disso ser derrubado a fim de que algo melhor construído no lugar. Deus é o Senhor do tempo, mas, há situações que podem depender exclusivamente de nossa postura e desejo de mudança para que esse tempo mude. Às vezes podemos estar orando para que Deus derrube determinadas situações em nossa vida e Ele pode estar dizendo: “Eu não; derruba você e Eu te ajudo nesse processo”. Aquilo que só Deus pode fazer não vai ser a gente que vai resolver. Assim como aquilo que somos nós que precisamos ser agentes de mudança Ele não vai fazer por nós. Isso se chama tempo de responsabilidade.

 

 

 

 

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