A espontaneidade e o flagrante de Mary Berbert

“Desde criança, meu sonho era ser fotógrafa. Aos 9 anos, ganhei de presente de aniversário minha primeira máquina, de meu cunhado e mestre Osvaldinho Mendonça. A felicidade foi tanta que, a partir de então, minha vida foi fotografar”. E é com esse depoimento que começa a história da ilheense Mary Berbert, que a partir daí não parou mais. Tomou cursos no Brasil e no exterior, ganhou concursos, abriu a Cia. de Photos e tem agenda lotada. Um dia teve outra paixão, que morava numa fazenda em plena mata atlântica, distante do conforto da cidade, sem energia elétrica, internet e todos aqueles recursos modernos.

Mas a mudança teve sua compensação pois Mary ficou encantada com a fotografia da natureza (mata, praia, mar, pássaros, pescadores.), pela qual definiu sua preferência. Usava também a fotografia como instrumento para dar aula de filosofia. E descobriu diante de uma observação de um aluno que o seu prazer é capturar a espontaneidade, o flagrante, o instante registrado em segundos. Depois veio a formatura em gestão ambiental e mais tarde a mudança para Salvador. Mas a fotografia já estava entranhada em sua alma.

A espontaneidade e o flagrante de Mary Berbert
Mary Berbert vai homenagear Dorival Caymmi na sua exposição

Na Casacor

Fazer parte da II Exposição Artística Cidadelle, na Casacor, de 13 a 23 de novembro, é para a fotógrafa uma ocasião única de dar visibilidade ao seu trabalho. “Expor na Casacor é objetivo de muitos e estou muito feliz, em especial pela oportunidade de homenagear o centenário de Caymmi, já que o meu tema será Suíte de pescador – 100 anos Caymmi”, diz. Tem uma opinião sobre o p&b e o colorido: “O p&b remete ao passado, dramatiza, transmite mais emoção à imagem e na colorida o sentimento nunca é o mesmo. Como já disseram antes a opção entre as duas formas é decidir por uma linguagem, se é verso ou prosa, por isso optei pelas duas”, afirma convicta.

Mary ressalta uma frase de Ernst Haas: “A câmera não faz diferença. Todas elas gravam o que você está vendo. Mas você precisa ver!”, para destacar que ter um equipamento adequado para o que se propõe é fundamental para o resultado final. E finaliza com algumas dicas para quem pretende se insinuar na profissão: “Leia muito e pratique bastante. Tire muitas fotos da mesma cena. Procure novos ângulos, perspectivas. E nunca se esqueça de verificar de onde vem a luz, detalhe essencial para uma boa fotografia. Afinal, o significado da palavra fotografia é “escrever com luz”. E deseja ainda para os novatos: “Bons registros!”

 

 

 

Fonte: Ramiro Aquino/Ascom da Cidadelle

 

 

 

 

 

 

 

 

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