Por erro, anúncio de carro pela metade do preço gera confusão

Veículos custavam metade do preço em propaganda nesta quinta-feira.

Clientes que não conseguiram comprar o carro reclamaram da empresa.

Por erro, anúncio de carro pela metade do preço gera confusão
Clientes fizeram uma fila dentro da loja para deixar registrado seus dados e formalizar a denúncia coletiva. (Foto: Maiana Belo/G1)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um anúncio errado de carro do modelo Eco Sport, vendido a partir de 62.990 à vista, por R$ 31.990, provocou uma confusão entre interessados e concessionária de veículos localizada na Avenida ACM, em Salvador, na tarde desta quinta-feira (4).

A propaganda atraiu dezenas de pessoas à concessionária para comprar o carro, mas, ao chegar no local, foram informados que as cinco unidades disponíveis, quantidade também informada no anúncio, já tinham sido vendidas.

Em nota, a concessionária Indiana informou que houve equívoco no valor do carro publicado e que o erro ocorreu na elaboração da propaganda pela agência de publicidade contratada. Além disso, afirma, a publicidade não teria passado por aprovação da empresa de carros.

O engenheiro Areobaldo Aflitos disse que chegou na loja às 8h. “Eles disseram que já tinham vendido os cinco carros. Eu cheguei aqui às 8h e os carros já foram vendidos? Eles não me mostraram as notas dos carros que saíram e, quando comecei a perguntar, os funcionários começaram a dizer que não sabiam de nada”, explica.

A engenheira Gleyde Brito confirma que foi informada sobre a venda dos veículos e que, ao pedir esclarecimento, os funcionários se recusaram a entrar em detalhes. “Eles [funcionário] não querem falar com a gente. Desligaram até o ar condicionado para gente ir embora logo”, conta.

Além de Areobaldo e Gleyde, outras 30 pessoas, em média, compareceram à loja interessados pela compra e exigiam da empresa que notas fossem mostradas para confirmar as vendas.

Por conta da situação, o superintendente do Procon-Bahia, Ricardo Maurício Freire, foi até o local para tomar conhecimento da situação e ver quais medidas podem ser tomadas baseadas no direito do consumidor. “A publicidade vincula o fornecedor à empresa. Depois, a empresa pode até buscar quem é o culpado, mas quem responde inicialmente é ela, a responsabilidade é dela”, explica.

Ricardo Freire disse que foi ao local para verificar se houve indícios de publicidade enganosa por parte da empresa. “Vamos reduzir os termos a essas denúncias. O valor que está estampado em letras maiores é o que vale. Ainda que a empresa tenha vendido os cinco carros, eles vão ter que apresentar as notas fiscais para comprovar a venda”, conta.

Após a chegada da equipe do Procon, a empresa foi notificada e denúncias foram reunidas. Os clientes fizeram fila na concessionária para fornecer os dados e formalizarem denúncia coletiva. De acordo com o superintendente do Procon, a concessionária, autuada por publicidade enganosa e notificada para apresentar as notas fiscais, pode ser multada.

 

 

Fonte: Maiana Belo/G1

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