QUE NÃO VIVAMOS ENGANADOS

“Não confiem em palavras enganosas: Este é o templo do Senhor, o
templo do Senhor, o templo do Senhor!” (Jeremias 7.4)

Jeremias foi um profeta que realizou seu ministério num cenário espiritualmente muito desafiador. A sociedade com a qual trabalhou mantinha um sistema religioso funcionando intensamente. Eles se orgulhavam de suas tradições e valorizavam o seu templo. Os programas estavam sendo realizados, os sacrifícios e as festas santas.  Por outro lado, a vida em sociedade mostrava sinais contraditórios: injustiça, opressão, miséria, falta de amor e de generosidade. Os que frequentavam o templo não viviam uma vida compatível com o Deus que declaravam  adorar. Mas não enxergavam isso. Eles se sentiam seguros e se orgulhavam de sua espiritualidade. Estavam distante de Deus, mas acreditavam estar próximos. Deus não estava satisfeito com eles, mas eles estavam satisfeitos consigo mesmos. Jeremias falou contra isso e eles se sentiram ofendidos. Perseguiram o profeta ele sofreu muito.

Infelizmente há muito em comum entre o nosso tempo e o tempo do profeta. Desviar-se e não perceber é algo que aconteceu em toda a história e ainda acontece. Em Apocalipse lemos na carta dirigida à igreja de Laodiceia: “Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada. Não reconhece, porém, que é que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu.” (Ap 3.17). Devemos ter cuidado e considerar o modo como nos relacionamos uns com os outros e vivemos nossas vidas. Pois esta é a forma de avaliarmos nossa fé e espiritualidade. Se nos concentrarmos nos ritos e programas, no templo e na liturgia, poderemos nos desconectar da vida e, caídos, acharmos que estamos de pé. Pois na fé cristã, “quem ama a Deus, ama também o seu irmão!”(1 Jo 4.21).  A vida cristã não se sustenta pela fé em doutrinas e muito menos pelo apego a tradições e costumes, ritos e formas. Ela é sustentada pelo amor, graça e perdão.

Crer em Jesus é seguir a Jesus e aprender com Jesus a lidar com a vida. Ele veio para que tenhamos vida abundante (Jo 10.10). Nele somos livres (Jo 8.32). Nele somos amados e isso muda tudo! Muda inclusive a nós mesmos. Muda nosso caráter para sermos mais amáveis, humildes,alegres, bondosos, fiéis, justos, mansos e equilibrados. O amor é a verdadeira motivação da vida cristã. O Espírito Santo inspira-nos a amar. A santidade brota do amor e significa que estamos nos tornando melhores. O Evangelho de Cristo produz  produz vida, amizade, comunhão, e não apenas programas. Podemos realizar programas, praticar ritos que reforcem nossa fé, mas devemos mostrar as obras que revelem nossa fé. Tenhamos cuidado para não cairmos no engano de achar que somos o que não somos; de achar que temos vida com Deus,quando temos apenas hábitos de fé.

_ucs_

 

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